sábado, outubro 14, 2006

dores de olhares



Dói-me.
(Não sei o quê… )
Dói-me,
a palavra e o olhar.
Cousas estranhas de se doer. Mas a imagem anda por aí,
demente,
a explodir em palavras.
Elas à frente.
Foi ele (olhar) que explodiu,
nelas.
Elas ficaram doidas e sem sentido.
Estão magoadas,
sentidas…
Não foram avisadas que seriam assim expelidas em estilhaços de orvalho (redondos) da imagem. (Só pode ser uma imagem cubista... Cubista e suicida!)
Não há nada a fazer quando nos explodem os olhos,
rebentados de Ver!
Vou fechá-los, para as palavras sossegarem e se deixarem de dores…