domingo, outubro 22, 2006

Música viva 2006

21h00 - Sexta-feira, 27 de Outubro - Centro Cultural de Belém, pequeno auditório
Ensemble L'ItinÉraire
Guillaume Bourgogne: direcção
Jean-Marc Sullon: electrónica

Philippe Leroux - Continuo(ns) *
Stéphane Magnin - Nicorni *
Patricia Sucena Almeida - Aranea (insidiis noctis serenae...) ** #
Daniel Terrugi - Crystal mirage *
Enrique X. Macías - Itinerário de Luz *

* estreia em Portugal
* * estreia absoluta
# encomenda da Miso Music Portugal

quarta-feira, outubro 18, 2006

as palavras,,,que faço



o vento finge os passos,
e
tatua-os nas nuven
sem sussurros de Chopim
( só ) eu,
lhe vejo os laços, ( sangue-ferrugem )
da árvore-mocho
que me abraça
na noite-nua
em que me enlaço...
insinuações
ocas
perdidas no espaço…

( ah! são cada vez mais loucas,
as palavras que faço!)

terça-feira, outubro 17, 2006

no olhar de alguém


Encontrei um anjo-sem-asas, ( pedra esculpida, branca,,,alada) a sorrir cheio de respostas e de olhares…

porque te sorris, de vontade-colorida, se perdeste o voar?”, pergunto pintado-de-curiosidades-no-limite-do-espanto…

porque aprendi a dar passos e a sentir o chão-do-meu-caminho! Sorrio,,, porque mergulho na descoberta, e nela, envolvo-me em liberdade!”

…ou como a Liberdade ( ou emoção qualquer) está em cada qual e depende do olhar de cada um…

In” apontamentos para um manual de um pintor que procura coisas outras para desenhar, a alma da cor , ou em alternativa a sua própria serenidade

segunda-feira, outubro 16, 2006

construções




construo-me com olhares, são eles os meus tijolos, "umporum", alinhados em labirintos d'horizonte...
( o horizonte é a minha verticalidade. é o meu pedaço de sonho que me tece e enlaça no céu e na terra, num cruzamento de um ponto de partida , para um mergulho no Universo)

domingo, outubro 15, 2006

do avesso

Caminho no espelho que me amarra na sombra, preso nos gestos… olho-me invertido, quase sem grito e desenho-me revolto de não me saber no eu que me desordena o sentir e o VER…

sábado, outubro 14, 2006

dores de olhares



Dói-me.
(Não sei o quê… )
Dói-me,
a palavra e o olhar.
Cousas estranhas de se doer. Mas a imagem anda por aí,
demente,
a explodir em palavras.
Elas à frente.
Foi ele (olhar) que explodiu,
nelas.
Elas ficaram doidas e sem sentido.
Estão magoadas,
sentidas…
Não foram avisadas que seriam assim expelidas em estilhaços de orvalho (redondos) da imagem. (Só pode ser uma imagem cubista... Cubista e suicida!)
Não há nada a fazer quando nos explodem os olhos,
rebentados de Ver!
Vou fechá-los, para as palavras sossegarem e se deixarem de dores…

sexta-feira, outubro 13, 2006

os olhos do céu



O céu deitou-se, coberto de nuvens,
Morto (cansado?) de azuis…
O Sol e a lua, são os olhos do céu…
É quando ele os fecha, (dorme e sossega), que me existo na inquietação de sonhar…

quinta-feira, outubro 12, 2006

a cor de um nada que se pintou


Escrevo vezes várias, que “não sei palavras”, apenas imagens que me entram no olhar
e
se transformam, oníricas de mim, Convivo com esta incerteza de “não saber cor ( das palavras )”

afinal,
sonho,
é só "sentires",
Mas no hoje, que me caiu desengonçado no caminho de me ser, construí, divertido uma montanha com nuvens-petala, como quem desenha um castelo, Alta, Intransponível, Quase no Sol,

Nas ameias,

espreitava entre sorrisos, uma bailarina multicolor, ínfima, quase ponto, quase nada, Formiga de castelo, sopro de borboleta,
e
no entanto, não foi a montanha, alta de sol, nem o castelo de fantasia que me ficou nas palavras, foi Ela, minúscula gota de arco íris que dançava divertida, qual folha perdida de um Outono sem futuros, que permaneceu na retina, quase sonho de um nada que se pintou!